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With the beast inside || RP

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Mensagem por Ophelia Stark Sáb maio 30, 2015 10:04 pm



Dados da RP


Participantes: Ophelia Stark-Gaspard e Valentin Gaspard.
Clima: Enevoado, 17°
Dia 29 de abril de 1861, início da noite de lua cheia.
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Mensagem por Valentin Gaspard Qua Jun 03, 2015 2:58 pm

Silently the senses
abandon their defenses

O casamento já tinha ocorrido a dois meses atrás, eu mantinha uma ótima relação com os texanos, poderia ocorrer até um contrato de mercadoria, as duas empresas da família estariam em boas mãos, as minhas mãos. Modéstia a minha, eu sei, mas eu sabia ser um bom administrador.

Meu problema era com a minha noiva, estávamos casados, mas não havíamos feito... Nada.

Eu não iria forçar aquela garota, não sou um ogro para tal atitude, mas eu estava intrigado em relação a isso. Seria algum problema comigo? Ou ela possuía algum tipo de problema psicológico com homens? Homestamente, não sei qual dos dois seria pior.
Porém, Ophelia se mostrou uma pessoa delicada, atenciosa e gentil, eu poderia dizer que ela era bonita também, de acordo com as pessoas que enxergavam, podia dizer que havia algo em sua personalidade que me fazia imaginar uma pessoa linda também, eu tinha essa coisa, a beleza das pessoas me atraiam, e muito.

Acho que por ser cego minha definição de beleza se alterou também, mas de qualquer forma, eu queria fazer algo em relação a esse casamento não consumado. Era errado pensar isso? Acredito que não.
Talvez eu esteja agitado por outro motivo, como por exemplo, a lua cheia.

Era a primeira noite de lua cheia, e era sempre a mais difícil, se você não estiver em completa paz, você terá problemas até mesmo a luz do dia, não quer dizer que vá se transformar em uma abominação durante o dia, mas haverá situações que dada outra época, teriam uma reação diferente.

Por mais que exista um lugar seguro para nós, criaturas, nada disso ajudaria naquele período, a não ser que você se amarre e fique trancado em uma cela, foi o que sugeri para o abrigo, quem sabe aqueles dois Vastergotland foram espertos e fizeram o que eu disse.

Desci as escadas e me sentei na poltrona, próxima à janela, talvez o vento gelado me acalmasse, a lua cheia era uma coisa infernal.
Mas era o único momento em que ele poderia ver o mundo.

Escutei um barulho próximo à entrada do cômodo, não precisava perguntar, o aroma de flores denunciava Ophelia, sorri e esperei ela falar algo, ou se manifestar.
Não aconteceu.

- Ophelia, eu sei que você está aí. - Me virei para ela e me esforcei para dar um sorriso simpático a ela. - Venha aqui. - Escutei seus passos relutantes até que ela parou, próximo a mim.

Procurei sua mão e a segurei, estava fria, estranho. - Como você está querida? - Ophelia geralmente parecia feliz a maioria do tempo, principalmente após começar suas aulas com Elizabeth, que não teve muita opção se não concordar em ensina-la, mas pouco importava a opinião da cientista, eu estava colaborando com suas pesquisas e não via o menor problema em mais uma cabeça pensando, quem sabe ela desenvolva algo que mude a vida dessa geração, sim, eu acreditava que financiar uma cientista seria para um bem maior.

Sem contar para o meu bem financeiro maior. Por que eu poderia ser rico, mas toda fortuna era finita, principalmente quando você precisa gastar dinheiro com inúmeros parentes que dependiam do dinheiro da família, e se eu quisesse o bem estar de todos que me cercavam, eu precisava investir, e eu só esperava estar no caminho certo.

- Como está suas aulas com a Doutora Castetile? Já encontraram a cura para alguma doença? - Sinceramente, não sei se esse tipo de pergunta ofendia um médico, era uma espécie de piada, mas eu faria até alguém me falar que era ofensivo, ou até alguém me contar que sim, a cura para alguma doença mortal havia sido criada.
Eu não era conhecido por ser engraçado, não sei se vocês sabem disso.

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Mensagem por Ophelia Stark Sáb Jun 06, 2015 9:20 pm


you protect me, i protect you.

Era a segunda vez em que Tommy a tinha procurado, alegando que tinha traído um pacto de sangue que fizeram, anos atrás. Ela se lembrava, bem até demais, de todos os detalhes do dia malfadado, doze anos atrás, quando o filho do cavalariço, em tom zombeteiro, disse que ainda iria se casar com ela, e a fez prometer que ela seria só dele. Ophelia cerrou os olhos, contraindo os lábios em desaprovação pela sua inocência naquela época, mas como uma criança poderia perceber que Thomas estava tão alterado? Supunha que seu quadro só piorou quando ela partiu para Londres e, dois meses depois, ali estava ele, assombrando-na, ameaçando seu marido que, em todas as opções, era inocente. Ophelia precisava alertá-lo, dizer que tinha um psicopata atrás dela, ameaçando ele, mas o mero pensamento de dizer para Valentin algo que não o deixasse feliz a ofendia. Tudo o que desejava era que aquele homem fosse mais do que feliz, e, até agora, não conseguira nem ao menos ser uma esposa, completamente, para o moreno, e se envergonhava disso. Tentou pedir ajuda a Elizabeth antes, mas não podia ficar se segurando nos conselhos da mentora -- tinha que aprender a lidar com as consequências de seus atos sozinha --, então decidiu, por si só, que deveria contar a verdade para Valentin. Ele merecia saber que ela podia ter posto sua vida em risco, por mais que a detestasse, depois do que falasse.

Três passos a separavam da porta, e Ophelia suspirou, abrindo devagar o suficiente para que se desse a ilusão de que Valentin não a escutaria entrar, mas foi tão falha a tentativa, que, segundos depois, o homem a chamara, com um sorriso mais do que singelo, e ela se sentiu a pior pessoa do mundo. A contragosto, simplesmente se aproximou do homem, dando a ele a sua mão e se ajoelhando aos seus pés, como se precisasse da permissão do marido para algo. Afagou, lentamente, a mão de Valentin, depositando nela um beijo casto e tentou não deixá-lo perceber que seu rosto estava inchado de lágrimas. Mal conseguia falar, mas se forçou a tal, apoiando a cabeça no encosto da poltrona. "Bem, querido", um sorriso temeroso tomou sua face, mas não era como se ele pudesse ver, então o desfez, levantando-se rapidamente e enxugando as lágrimas que se formavam. "Elizabeth é uma mulher visionária! Mas não, ainda não conseguimos. Talvez, em poucos meses, possamos descobrir a cura para algumas doenças, mas estou trabalhando em algo próprio. Não posso agradecer o suficiente a você por nos ter apresentado. A cada segundo, Valentin, parece que você é uma pessoa melhor, sempre se superando e, sinceramente, eu amo isso em você", sorriu, dessa vez sincera, enquanto se aproximava do homem, buscando sua mão para apertar. O que estava prestes a dizer seria difícil. Não tinha percebido, entretanto, que falara a palavra-chave ao marido. O verbo era tão estranho, em sentido romântico, que Ophelia nunca se preocupara em usá-lo. "E é por isso que eu preciso ser sincera com você", murmurou, sentando-se ao pé do marido e negando, lentamente, enquanto tentava tomar coragem para falar o que deveria.

"Eu morava no Texas, você sabe. E nem sempre fui sua prometida. Quando tinha oito anos, bem, tinha um amigo muito especial e ele se apaixonou por mim, mas nunca estivemos juntos, desde que a família dele se mudou para Massachusetts, quando tinha em torno de treze anos. Sequer nos beijamos, Valentin, mas ele jurou que eu seria dele. Quando descobriu que me casei, ele embarcou para Londres e tem ameaçado você, desde então", suspirou, tomando ar suficiente para terminar a história. "E, meu bom Deus, eu morreria antes de ver algo de ruim acontecer com você. Esses dois meses foram, basicamente, os melhores da minha vida, Valentin, e eu não sei o que seria de mim sem você. Portanto, eu sei que você deve estar furioso, que deve estar me odiando, mas eu sinto muito. Nada disso deveria acontecer. Se quiser desfazer o casamento, ainda pode, e eu nunca pensaria mal de ti, porque toda essa confusão é culpa minha. Sua vida está em perigo por minha causa, e eu nunca me perdoaria se algo acontecesse com você", a lágrima solitária e a voz soluçante denunciava o que estava prestes a vir, mas Ophelia engoliu o choro, levantando-se o mais rápido possível e depositando um beijo na testa do homem.

Céus, ela deveria ir, certificar-se de que ele estava seguro. Fazer algo para que Tommy nunca o machucasse, mas antes que pudesse se locomover, Valentin segurou seu punho, fazendo com que Ophelia se virasse e o encarasse nos olhos. Não sabia como interpretar as ações do marido -- ou ex-marido, depois do que disse --, então simplesmente permaneceu parada, estarrecida, esperando os comandos do moreno. Limpou as lágrimas, entretanto, não querendo parecer uma lunática chorona, mas, independente de como ele interpretasse sua confissão, provavelmente Valentin nunca a veria como antes, e aquilo a magoava, mais do que tudo.
tags: welcome to my kingdom wearing: [url=this]this[/url]; notes:
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Mensagem por Valentin Gaspard Ter Jun 09, 2015 11:21 pm

Eu não podia acreditar no que estava escutando, eu não estava ofendido, na verdade, até estava. Ela achava que eu estava em perigo? Em nome de Deus, quem estava com seus dias contados era esse tal amigo de Ophelia, eu queria rir em relação a isso, mas sabia que tal atitude iria magoá-la ainda mais, e não era esse meu objetivo.
- Ophelia, espere. - Disse sério, segurando seu punho com precisão. - Por que você acha que eu deixaria você ir? - Mantive minha mão em seu punho, puxando o outro também. - Eu ainda não falei. - Sentiu Ophelia engolir seco, suspirei e afrouxei o aperto em sua mão. Que ótimo, estou assustando ela.
- Primeiramente, eu posso te garantir que não estou correndo perigo algum, se um garoto apaixonado acha que pode te ameaçar, ele está bem enganado, você é a minha esposa, e não será ele que vai mudar isso. - Falei o mais calmo que consegui, o que, honestamente não era muito fácil, minha vontade era caçar aquele homem nesse exato momento e destruí-lo, para que nunca mais ouse chegar perto de Ophelia.
- Eu aprecio a sua sinceridade Ophelia - Gostaria de fazer o mesmo, mas não acredito que você esteja pronta. - E eu posso te assegurar que ele nunca mais vai chegar perto de você, muito menos ameaçar. Deslizei a minha mão até chegar em seus ombros, subindo para seu rosto macio, tão delicado quanto sua alma. - Esses dois meses foram maravilhosos na sua companhia, querida, e acredito que você já saiba que eu faria qualquer coisa por você. - Havia providenciado a suas aulas, aceitado dar lhe espaço, qualquer coisa que ela pedisse eu provavelmente faria, eu estava quase certo disso. - Eu não estou zangado com você, muito menos a ponto de desfazer esse casamento, como você  não pode ver uma coisas dessas Ophelia? - Até onde eu sei, o cego aqui era eu, não Ophelia. - Eu estou apaixonado por você desde o momento em que te conheci. - Senti uma lágrima descer por seu rosto, a sequei, assim como as que já estavam ali. Acariciei a sua pele, macia e quente, respirei fundo e me controlei. - Nada vai acontecer a nós, eu te prometo, esse rapaz que você diz, não conhece a cidade como eu, não conhece as pessoas que eu conheço, quem deve temer por sua vida, é ele. - Senti meu maxilar ficar duro e minha respiração acelerou, o simples fato de imaginar esse rapaz ameaçando Ophelia, sendo baixo a esse nível, ameaçar ela a perder sua nova vida? Nunca permitiria que nada impedisse sua felicidade, senti vontade de rir novamente.
Esse rapaz havia irritado a pessoa errada, na hora errada.
- Não se preocupe. - Tentei formar um sorriso. - Não vou deixar ninguém nos machucar, eu prometo. - Honestamente, a essa altura eu não sabia o "me conter" significava. Não quando eu havia tocado os lábios de Ophelia, não muito sutil, infelizmente. Mas ao saber que ela correspondeu, me deixava em êxtase. Passei a mão que antes estava em seu rosto, para sua nuca, a puxando para mim. Não pude deixar de sorrir dessa vez, com vontade. - Eu te amo Ophelia. - Falei, sentindo tanto o meu batimento, como o dela, acelerar.
Novamente, aquilo que já havia dito, existem situações que você não faria determinada ação em uma lua comum, mas naquele momento, eu simplesmente não podia controlar, veja bem, é um instinto primitivo que estava me tomando, por mais que eu o controlasse, ele estaria lá quer eu queira ou não. E sim, eu queria
Então não pude deixar de conduzir Ophelia, aos beijos, até a porta do quarto, por coincidência, o nosso. Parei quando senti que ela havia ficado assustada, ou não estava? Eu estava confuso com tantos aromas e toques, respirei fundo e voltei a beijá-la, no pescoço dessa vez, preparado para parar a qualquer sinal seu.
Então quando estávamos dentro do quarto, eu empurrei a porta, fazendo ela bater com força, pouco me importava com aquela coisa velha, no momento tudo se resumia a uma única coisa: Ophelia.
Minha, Ophelia.
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Mensagem por Ophelia Stark Ter Jul 07, 2015 7:16 pm

Quando Valentin começou a falar, ela pensou que ele fosse enxotá-la com suas próprias mãos, mas não foi isso que aconteceu. Ela o julgara tão mal, ele não estava com raiva dela, nem nada do tipo. Por um momento, sentiu-se aliviada, fosse porque o marido estava segurando sua mão e ela tinha pelo menos uma leve impressão de familiaridade com seu toque, fosse por causa das suas palavras. Quis sorrir de alívio, mas era incapaz de fazê-lo naquele momento. Estava tensa demais para demonstrar qualquer que fosse a emoção. As lágrimas, entretanto, não puderam ser contidas, e a morena sentia as trilhas mancharem a maquiagem feita naquela manhã. Engoliu em seco, sentindo o aperto nos punhos, mas de certa forma feliz por Valentin trazê-la mais para perto. “Eu não quero que nada aconteça a você”, murmurou, engolindo o choro, ou acabaria formando um verdadeiro rio de lágrimas. Respirou fundo, sentindo o trajeto das mãos do homem e tentando não se arrepiar com o toque dele, até que chegou às suas bochechas. Nesse momento, ela já tinha se ajoelhado novamente, para que ambos estivessem com os rostos próximos, na mesma linha. Fechou os olhos, sorrindo tensa quando o homem falou sobre os poucos meses de casados. Ela tinha sido uma esposa horrível, desde então, e ele tinha sido um verdadeiro príncipe, mas não se sentiu no direito de interrompê-lo. “E-eu pensei...”, sua voz morreu, os soluços atrapalhando qualquer tentativa de se fazer entender de frente ao homem, mas ele mesmo a interrompeu, alegando que estava apaixonado por ela. A morena arregalou os olhos, a pele subitamente ficando mais vermelha, por mais que ela não desejasse aquilo. Não sabia como responder a ele. Sabia, sim, que o amava, desde que ele a disse que poderia estudar com Elizabeth. Sabia que ele era o homem certo para si e que Tommy nada mais era do que um espectro do passado o qual ela mais gostaria de esquecer, só que escutar aquelas palavras vindas logo do homem tinha sido... Ela sequer tinha palavras para tal.

Prendeu a respiração, o coração batendo rápido em seu peito, fosse pela adrenalina que a situação causara em seu corpo, fosse porque ela queria beijá-lo, finalmente consumar aquele casamento e deixar claro para o mundo que era dele, e ele dela. Uma lágrima escorreu, uma das últimas que ela derramaria naquela noite. Estava prestes a tomar a iniciativa, quando Valentin passou a falar novamente, ameaçando Tommy e a assegurando que ele estava seguro, que os dois estavam seguros. Não queria que o amigo se machucasse, entretanto, mas quando abriu a boca para falar, já era tarde. Sentiu os dedos do marido roçarem em seus lábios, e fechou os olhos por alguns segundos, imaginando, talvez, como seria se ele estivesse fazendo mais do que isso. O resultado não poderia ter sido diferente. Poucos segundos depois, Valentin passou suas mãos pela nuca da mulher, trazendo seu rosto para próximo do dele, o que ela aceitou de bom grado, sentindo a maciez dos lábios do marido e aproveitando ao máximo possível.

Ela o desejava, era óbvio. Queria que ele a tomasse ali, na sala de estar, mas sabia que era impossível. Adrian ou Elsa poderiam chegar a qualquer momento, e ela realmente não estava desejando que nenhum dos dois vissem eles fazendo o que estavam prestes a fazer – sabia a que situação aquilo levaria, não era burra. Assim que o moreno se levantou, ela o acompanhou, na ponta dos pés, não desejando quebrar aquele elo que estabeleceram entre si, mas Valentin pareceu pensar duas vezes, voltando seus lábios para seu pescoço. Ophelia talvez tivesse xingado naquele momento, mas não era de seu feitio, tampouco sabia como fazê-lo, mas tencionou seus músculos, esperando que ele entendesse que ela queria sua atenção focada em outros lugares.

Com uma batida, a porta do quarto dos dois se fechou, e ela sabia o que aconteceria dali para a frente, e estava envergonhada, era óbvio, mas algo dentro de si tinha certeza de que era a escolha certa, de que ele era a pessoa certa, portanto voltou a tomar conta de seus lábios, enquanto tentava tirar a gravata e o fraque que o marido usava às cegas. Ia passar a tirar as calças do homem, mas não tinha tanta habilidade com isso, portanto, assim que conseguiu tirar os dois elementos que mais a importunavam, cortou o beijo, tomando algum tempo para respirar e admirar o homem que escolheram para si como marido. Momento esse que se foi tão logo ela passou a se preocupar com o maldito vestido e com o maldito espartilho, que mal deixavam com que respirasse para que pudesse voltar a se preocupar com coisas melhores. Assim que as mãos trêmulas conseguiram se desfazer do espartilho, Ophelia chutou o vestido para longe, sorrindo para Valentin enquanto se aproximava, ainda vestida com as roupas de baixo, e explorava com mãos curiosas seu peitoral cabeludo. Por um momento, continuou daquela forma, sem beijá-lo ou coisa parecida, apenas o olhando nos olhos – por mais que não obtivesse uma resposta – enquanto sentia as respirações bruscas, animalescas, se misturarem. Tentou falar algo, mas não conseguiu por falta de fôlego, mas, um segundo depois, respirou fundo, tomando coragem o suficiente para fazê-lo. “Valentin Gaspard, você aceita ser meu marido?”, levantou uma das sobrancelhas, sorrindo maliciosamente por conta da situação, as mãos espalmadas no peito do homem, a vontade brusca de conduzi-lo para a cama a tomando, mas passível de ser controlada. Precisava da resposta dele, antes de qualquer coisa.

E então se entregaria, de corpo e alma, ao homem que jurara, diante de Deus, amar para sempre.
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Mensagem por Valentin Gaspard Sáb Jul 11, 2015 9:13 pm

Eu não sabia que uma simples conversa acabaria onde eu estava e pra ser bem sincero, eu estava dando graças a Deus por isso. Eu sabia que Ophelia tinha certeza do que queria, não só por suas atitudes, mas tudo nela estava diferente, seu aroma floral estava exalando um outro tipo, do qual eu estava sendo atraído de forma absurda, eu não queria pensar nisso, mas eu sentia que Ophelia era uma presa e eu não tinha como resistir a ela, tão atraente e tão próxima.

Na verdade era mais do que isso, mas quando se está beijando alguém você não pensa direito, quem dirá eu.
Cada toque, cada movimento, aumentava minha ansiedade para tê-la finalmente comigo, respirei fundo, tentando manter a calma e ir no ritmo que Ophelia ditasse, segurei a mão dela na minha. - Aceito, mas é claro que aceito. - Ri enquanto passava os braços na cintura da minha esposa, beijando seus lábios, passei os dedos por seus cabelos e os soltei, sentia a textura deles e eram macios como seda, poderia senti-los escorregando entre seus dedos. - Você me aceita? - Sorri para ela e a beijei, novamente, podia sentir seu coração acelerado assim como o meu, quando chegamos a cama, tentei deita-la calmamente, sem muito sucesso, afinal, nenhum dos dois estava disposto a manter a calma, talvez nem se quisesse conseguiria. Eu me sentia como um garoto, ansioso e animado.

- Se eu te machucar me avise. – Sussurrei, eu estava preocupado com o que eu poderia fazer com aquele corpo tão delicado e pequeno, tinha medo de machuca-la, e eu sabia que a machucaria se não manter a calma. Segurei em sua cintura e tracei um caminho de beijos por todo seu pescoço, colo, ombros, lábios novamente.  A essa altura eu já estava sem a camisa, e podia sentir os dedos de minha esposa trabalhando nos botões da minha calça.

Eu podia sentir a lua cheia chegando, e isso fazia com que tudo fosse intensificado, cada toque, cada aroma, cada som que Ophelia fazia, tudo isso fazia com que meu autocontrole fosse para os ares, seus lábios eram tão doces, seus toques tão gentis e imprecisos, tudo isso fazia com que, se fosse possível, eu me sentisse cada vez mais atraído por ela. Então, quando finalmente nossos corpos se uniram, era como se aquilo fosse... Bem, como explicar o ato de duas pessoas unindo-se? Era espiritual, quase divino. Era como se o céu e inferno não fossem nada além de palavras para mim.

Tudo se resumia a mulher.

Nossos corpos pareciam se encaixar, como se ela fosse feita para mim e eu para ela, e eu não poderia me sentir incompleto, quaisquer fossem minhas falhas, elas não tinham importância, pois ela estava ali por mim e eu por ela.
Bem, se existiam a mínima duvida de que eu estava apaixonado, agora estava claro e limpo. Quando nossos corpos se moveram em um ritmo só, eu deixei por alguns segundos, meu outro lado livre, o lado mais primitivo que um homem como o da minha espécie poderia ter, fui guiado apenas pela emoção chegando ao ápice.

Então a besta despertou.

Fechei a mão em punhos e respirei fundo, não... Não poderia acontecer agora, eu tinha que manter controle, eu controlava a fera, mas eu não consegui.

Como deixar que o instinto me guiasse sem despertar o pior de mim? – Querida... – Respirei fundo, deixando um beijo em seus lábios. – Eu não posso ficar com você agora. – Não sabia como explicar, não tinha coragem o suficiente para isso, não depois de Ophelia ter se entregado a mim daquela forma. Eu devia a ela uma explicação, mas não seria hoje. – Eu sinto muito, mas... Não espere por mim essa noite, e não se preocupe. Eu precisava sair dali o mais rápido possível, ou acabaria fazendo algo que iria me arrepender para sempre. – Eu te amo, não se esqueça disso.

Fechei a porta do nosso quarto e parti para longe, a essa altura, eu já começava a enxergar, respirei fundo, me adaptando aquela sensação de perda de controle, a essa altura, eu já não sabia ao certo para onde eu estava indo, mas tudo o que a minha besta interior - que nesse caso, tomava conta de mim – e eu pensávamos era na sensação de estar nos braços da minha doce Ophelia.
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Mensagem por Ophelia Stark Qui Ago 06, 2015 8:31 pm

Não havia palavras para descrever o que Ophelia sentiu ao finalmente se entregar para Valentin. Ela se sentia amada, como nunca fora realmente pela família – se a amassem o tanto que diziam, jamais teriam barganhado sua vida. Mas ela os perdoou naquele momento; quando sentiu os lábios do marido percorrerem todo o seu corpo; quando ele finalmente a levou para a cama; quando ela percebeu que não havia mais volta. Com um aceno feito pela cabeça, Ophelia conteve o sorriso que poderia entrega-la. Ela estava mais do que apaixonada pelo moreno, não iria reclamar de nada, mesmo que ele realmente a machucasse, o que não era o caso. Foi perfeito, e ela sentia como se estivesse andando nas nuvens cada vez que abria os olhos e via o homem. Queria que ele também a pudesse ver, que percebesse o quão feliz estava com aquela situação, apesar da forma com a qual tudo aquilo começou; queria que ele simplesmente pudesse ter uma vida como a de todos naquela casa – uma parte egoísta de si, entretanto, sabia que ela só queria que ele a visse, para que ela não precisasse falar a todo momento que o amava, que não tinha sido um erro, nunca seria; mas sabia que pouco se importava com aquilo. Ela só o desejava.
 
Valentin não demorou a aumentar o ritmo, e Ophelia não conseguiu conter os gritos que porventura dava. Por mais que estivesse desejosa daquilo tudo, era demais pra ela, mas não iria falar nada. Aguentaria; já dera muita dor de cabeça para o homem. Julgava que era uma questão de honra fazer aquilo, especialmente porque estava se divertindo; apenas não conseguia mais olhá-lo nos olhos, já que os seus estavam fechados, buscando absorver cada sensação, cada toque que o marido desferisse nela. Não demorou muito, dali em diante, para que Ophelia chegasse ao seu limite, seguida por Valentin, que pareceu enrijecer dentro do seu corpo. Ela estava exausta, mas simplesmente não conseguiu deixar aquilo pra lá. Ela tinha feito algo errado? “Valentin... O qu—O que houve?” Perguntou, ainda deitada na cama como uma boneca de pano. Ela simplesmente queria segurá-lo naquela cama, não deixar que escapasse, mas a energia parecia faltar naquele momento, então ela simplesmente se ajeitou na cama, sentando-se nela enquanto via o marido partir.
 
Sem que quisesse, lágrimas vieram aos seus olhos, por mais que ele tivesse dito que a amava. Era assim que os maridos se comportavam com suas esposas? Abandonando-as logo que elas finalmente entregavam seu bem mais precioso a eles? Ophelia se recusava a pensar aquilo de Valentin. Não, ele era diferente do que estava pensando, mas seu orgulho tinha sido ferido. Botou as pernas para fora da cama, vestindo a roupa mais próxima que encontrou – uma camisola azul bebê e um robe de seda – antes de continuar seu trajeto, cambaleando e tendo que se apoiar nas paredes para que não caísse. Não entendia porque seu corpo estava se comportando daquela forma. Nenhuma de suas amigas disseram que aquilo era normal. O que estava acontecendo? Mordeu os lábios, abrindo a porta do quarto com uma certa dificuldade, quase bruxuleante, encarando os corredores infinitesimais da grande mansão dos Gaspard. Ele já teria ido há muito tempo, ela sabia, e não conteve as lágrimas, daquela vez. Tinha sido uma idiota, uma verdadeira estúpida em pensar que ele ficaria com ela, especialmente naquele momento em que estava sentindo mais dor do que parecia ser capaz de aguentar.
 
Negou freneticamente, buscando distanciar os pensamentos daquilo, apesar de ser difícil. Ele não tinha feito de propósito, continuava a se assegurar, andando pelos corredores sem ter certeza de onde estava indo; apenas vagueava, sem rumo, sem muita inspiração para fazer algo que não fosse chorar. As pantufas pinicavam seus pés, mas o incômodo era pequeno, perto da dor nas costas, e a dor de cabeça que ela estava passando a ter. Se Elizabeth estivesse ali, ela saberia explicar o que tinha acontecido; porque Valentin tinha ido embora tão de repente. Parou diante de uma janela, olhando para a lua cheia a pino por fora, e se sentiu tentada a abrir para poder apreciar melhor o satélite. Foi isso que fez, ignorando toda a dor, todo o desconforto. Parou por alguns segundos para apreciar a lua, assoando o nariz levemente vermelho e limpando as lágrimas acumuladas nos olhos e bochechas.
 
Não queria, afinal, que alguém a visse naquele estado, portanto suspirou depois de alguns minutos. Por que as coisas simplesmente não podiam ser mais fáceis? Por que ele não explicou o motivo de ter ido embora? As perguntas martelavam em sua mente, e Ophelia não sabia responder nenhuma delas. Quando se virou para voltar ao quarto, entretanto, não encontrou o caminho livre, sendo impedida por um... Monstro. Ophelia não tinha palavra melhor para descrever o que viu, naquele momento. Soltou um berro de terror, virando-se no intento de correr, mas sabia que era inútil. Sua vida tinha acabado, e ela sequer saberia o motivo... Soluçou, correndo freneticamente pelos corredores, tentando pensar em outras coisas em seus últimos momentos. A risada de Carter; Daniel e ela aprendendo a ler; até mesmo seu melhor amigo de infância não tinha escapado de seus melhores momentos, por mais que tivesse virado um lunático anos depois. Ela sentiria falta deles.
 
Quando se viu emboscada por... Seja lá o que aquilo fosse, Ophelia simplesmente continuou parada, esperando pela sua morte. Não iria cair como uma fraca. Não podia. O que ele pensaria dela, se soubesse que passou seus últimos minutos de vida se debulhando em lágrimas? Por segundos, a criatura se aproximou, e ela engoliu em seco, apertando a parede ao seu redor. Surpreendentemente, conseguiu abrir uma passagem, e correu por ela, tendo certeza de que iria trancá-la logo em seguida. Sequer esperou os passos da criatura, correndo pelo corredor esguio até sair pelo porão, de onde tentou fugir, mas estava presa.
 

Esperava realmente que aquele bicho fosse embora até o amanhecer; que Valentin voltasse logo – por Deus, até mesmo Adrian seria uma ótima opção no momento. Não queria morrer, mas tinha quase certeza de que esse seria o seu destino.
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